Páginas

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

QUE PLANTA É ESSA? (Parte II)


QUE PLANTA É ESSA? (II) 

Por jardineiro.net

  • Palmeira-azul (Bismarckia nobilis)
    A palmeira-azul é uma palmeira dióica, de cor inusitada e aspecto escultural, que está em crescente popularização devido às suas qualidades paisagísticas. Esta palmeira apresenta estipe único, com diâmetro entre 30 a 45 cm, e alcança 25 metros de altura, embora geralmente não ultrapasse 12 metros. As folhas são grandes, eretas, cerosas, em número de 15 a 20, com formato de leque, palmadas, de cor azul prateada e sustentadas por fortes pecíolos. Quando as folhas velhas caem, deixam uma marca no tronco, que fica anelado. Ocorre ainda uma variedade de folhas verdes, que é menos resistente ao frio e à seca. 

    A floração ocorre na primavera, despontando inflorescências interfoliares, pendentes, ramificadas e com numerosas flores de cor marrom. As flores são menores e mais abundantes nos machos do nas que fêmeas. Para produzir sementes férteis é necessário ter as plantas dos dois sexos próximas para que a polinização ocorra. Os frutos são do tipo drupa, ovóides e de cor marrom escura a preta quando maduros. Cada fruto contém uma única semente.
    De uma beleza espetacular, essa palmeira exótica é avidamente procurada porpaisagistas e entusiastas para suas composições. Seu efeito é escultural e impactante, tornando-se invariavelmente, um ponto focal no jardim. E o mais interessante, é que a planta jovem já é capaz deste efeito, pois sua copa é bastante ampla mesmo com pouca altura. Ideal para jardins amplos, contemporâneos ou tropicais. Também pode ser cultivada em grupos ou linhas, com excelente efeito. Para o seu desenvolvimento e apreciação, precisa de espaço de no mínimo 8 metros de diâmetro. A mesma medida deve ser tomada para espaçamento entre mudas.
    Deve ser cultivada sob sol pleno, em solos bem drenáveis, enriquecidos com matéria orgânica e irrigados regularmente. Após o pleno estabelecimento é capaz de tolerar períodos de estiagem. Mesmo assim, recomenda-se a irrigação suplementar, que estimula o rápido crescimento desta espécie. Ao contrário da maioria das palmeiras, a palmeira-azul pode ser conduzida sob sol pleno mesmo que seja jovem.
    Aprecia o clima tropical e o subtropical, adaptando-se a ambientes úmidos ou secos. Também suporta as geadas e o fogo, podendo ficar queimada, mas rebrotando em seguida. Pouco tolerante a transplantes depois de adulta. Prefira transplantar mudas jovens e evite ao máximo mexer nas raízes. Multiplica-se por sementes oriundas de frutos recém colhidos e despolpados, plantadas em seguida em saquinhos contendo substrato arenoso e mantido úmido. A germinação ocorre entre 6 a 8 semanas.


  • Flor-de-cera-de-geraldton (Chamelaucium uncinatum)
    A flor-de-cera-de-geraldton é um arbusto ereto e florífero, nativo da costa oeste da Austrália. O nome curioso advém do aspecto do centro da flor, que lembra uma vela, com um fundo ceroso e um pavio. Apresenta ramagem esparsa e ramificada, e pode alcançar de 0,5 a 4 metros de altura, dependendo da cultivar. Suas folhas são opostas, lineares, lembrando as folhas do alecrim no aspecto. Elas também apresentam glândula de óleo e são muito aromáticas, o que fica evidenciado quando algumas folhas são esmagadas entre os dedos.

    A floração inicia no final do inverno e pode perdurar até meados do verão. As flores são axilares, pequenas, simples, pentâmeras e de cor branca, rosa, malva ou roxa. Após a floração, a poda superficial estimulará o crescimento doarbusto. Mas cuidado: não pode os ramos já lenhosos da planta, pode os mais tenros. Sem a poda, a flor-de-cera-de-geraldton pode produz frutos pequenos, indeiscentes e duros. Raras em cultivo, ocorrem também cultivares dobradas, como a 'Dancing Queen'.
    No paisagismo geralmente é utilizada na composição com outras plantas de clima seco, como em jardins rochosos ou de inspiração desértica ou mediterrânea. No jardim ela pode ser plantada isolada, em grupos ou em renques; mas também adapta-se ao cultivo em vasos e jardineiras. Na Austrália, é uma das flores-de-corte mais populares, com uma durabilidade excepcional após o corte. Pode tornar-se invasiva em algumas situações.
    Deve ser cultivado sob sol pleno, em solo bem drenável, preferencialmente arenoso ou pedregoso, enriquecido com matéria orgânica e irrigado a intervalos espaçados. Prefere os climas secos, não tolerando encharcamentos ou elevada umidade ambiental. Ideal para áreas litorâneas, com clima subtropical seco ou semi-árido. Tende a tombar com o crescimento, portanto é interessante tutorá-la ou oferecer suporte caso esteja indo rápido demais. É muito rústica e tolera bem geadas. Após queimadas ou roçadas é capaz de rebrotar. Multiplica-se por sementes, mas mais comumente por estaquia de ramos lenhosos.
  • Palmito-jussara (Euterpe edulis)
    O palmito-jussara é uma palmeira nativa da Mata Atlântica e conhecida principalmente pelo seu palmito comestível, que é muito apreciado. Seu estipe elegante é delgado, cilíndrico e único, ou seja, ele não forma touceiras, nem apresenta capacidade de rebrote após o corte, o que sempre provoca a morte da planta. Seu porte é médio, alcançando em média de 5 a 10 metros de altura e 15 cm de diâmetro de caule. As raízes são fasciculadas e pouco profundas, o que permite seu plantio próximo a construções, como piscinas. A copa é formada por cerca de 15 a 20 folhas grandes, alternas e pinadas, com numerosos folíolos caracteristicamente pendentes.

    Entre o tronco e a copa, há uma seção de cor verde, mais grossa que o tronco, recoberta pelas bainhas das fohas. É de dentro desta parte que se extrai o palmito, que nada mais é do que as novas folhas que estão em formação. A inflorescência surge na primavera e verão e é do tipo panícula, com abundantes flores femininas e masculinas. Os frutos que se seguem são drupas, negras quando maduras, e muito atrativas para a fauna silvestre.
    O palmito-jussara é uma palmeira elegante e bela, que ainda é pouco explorada no paisagismo. Ela empresta sua beleza tropical a diversos tipos e estilos de projetos, e pode ser conduzida isolada ou em bosques. Não exige muito espaço e é um atrativo especial para passarinhos no jardim. Também é uma árvore de eleição para recuperação de matas ciliares e outras áreas de reflorestamento da Mata Atlântica que já estejam povoadas com espécies pioneiras.
    O palmito-jussara apresenta crescimento lento, levando de 10 a 12 anos para atingir a idade adulta, por este motivo, seu cultivo para a produção de palmito torna-se muita vezes desinteressante economicamente. Desta forma o extrativismo ilegal do palmito permanece e agrava ainda mais sua condição de espécie em extinção. É preciso que a sociedade se conscientize que esta palmeira não deve ter seu palmito consumido, pois ela é de extrema importância ecológica e a extração deixa seqüelas graves na floresta. No lugar dela, deve-se preferir o consumo de palmito de pupunha (Bactris gasipaes) e açaí (Euterpe oleraceae), que já apresentam cultivos importantes. Deve-se lembrar também que o consumo do palmito de juçara é um risco à saúde, devido ao precário e errôneo processamento que os palmiteiros ilegais dão ao produto.
    Deve ser cultivado sob meia sombra ou sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. As plantas jovens (até 3 anos) podem ser cultivadas em vasos, em interiores bem iluminados. Elas não toleram sombreamento total ou sol pleno. As plantas não devem ser mudadas de local bruscamente, com diferentes condições de luminosidade. Qualquer mudança deve ser gradual, sob pena de provocar a morte da planta. O palmito-jussara gosta de ambientes permanentemente úmidos e quentes, mas é capaz de tolerar períodos curtos de estiagem, geadas e encharcamentos. Multiplica-se por sementes, que devem ser extraídas de frutos colhidos bem maduros, sendo imediatamente despolpados em água corrente e plantados em saquinhos com areia de rio, mantida úmida e sombreada com sombrite ou sob a copa de uma árvore frondosa. A germinação é lenta e desuniforme, podendo levar de 45 dias a 3 meses. A capacidade de germinação é bastante reduzida com o armazenamento, visto que as sementes tem elevada umidade.




  • Goji (Lycium barbarum)
    Goji ou goji berry é o nome comum do fruto das espécies relacionadas Lycium barbarum e L. chinense. O goji é um arbusto decíduo e frutífero, que pertence à família das solanáceas (a mesma do tomate e da batata), e é muito popular na China, por ser um alimento saboroso e funcional, considerado até mesmo como remédio. Atualmente o goji vem ganhando apreciadores no mundo todo com a difusão da cultura oriental no Ocidente.

    O goji apresenta caule ramificado, com ramagem esparsa, espinhosa, e textura inicialmente herbácea, que vai gradualmente lignificando com o tempo. Seu porte varia de 1 a 4 metros de altura, mas geralmente não ultrapassa 2 metros. As folhas são lanceoladas a ovaladas, verdes, mebranáceas, e podem ser solitárias e alternas ou fasciculadas e em grupos de até três folhas. As flores são hermafroditas, axilares e crescem no verão, em grupos de 1 a 3, apresentando cálice campanulado e corola em formato de funil, de cor roxa. Os frutos surgem no outono e são pequenas bagas oblongas ou ovóices, vermelhas e com cerca de 6 a 16 sementes marrons.
    No paisagismo, o goji presta-se como arbusto isolado ou em grupos, sendo interessante para a formação de cercas vivas. Pode ser plantado em vasos e, se lhe for oferecido suporte e amarração, pode ser conduzido como trepadeira. As podas, realizadas após a frutificação, renovam a folhagem e estimulam a formação de um arbusto mais compacto e cheio. É uma espécie interessante para atrair passarinhos, que avidamente devoram os frutos saborosos. Na culinária pode ser consumido de diversas formas, sendo a mais comum, como fruto desidratado, de forma semelhante a uvas passas, podendo ser misturado ao iogurte ou aos cereais matinais. Seu sabor lembra o tomate, a cereja e a uva passa, com um toque de nozes. Ele pode, no entanto, ser consumido fresco, em sucos, geléias, licores, vinhos e até em pratos salgados, com frango, porco, legumes, sopas, saladas, molhos e arroz. As folhas são utilizadas como salada e no preparo de infusões. O goji é uma fruta muito nutritiva e carregada de vitaminas, fibras, minerais e antioxidantes naturais, como Vitamina C e flavonóides. Na China, o consumo diário da fruta está relacionado com uma vida longa e saudável.
    A colheita do goji deve ser cuidadosa. Os frutos são sensíveis e amassam com facilidade. A desidratação pode ser realizada ao sol. Cuidado: Há relatos de alteração dos níveis de coagulação sanguínea em pessoas idosas que ingeriram o chá. Não utilize como fitoterápico sem o conhecimento do seumédico. Há suspeita também de que o fruto verde seja tóxico. Consuma sempre bem maduro.
    Deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, levemente alcalino, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Aprecia climas quentes e secos, mas é capaz de se adaptar a ambientes úmidos. Apesar de tolerar o frio, é interessante seu cultivo em estufas no inverno rigoroso de locais temperados. A frutificação inicia-se cerca de 1 a 3 anos após o plantio. Multiplica-se por estaquia de ramos lenhosos e por sementes que germinam com facilidade.
    Medicinal
    • Indicações: Afecções da visão, afecções do fígado, envelhecimento, impotência sexual, alterações da prostata, doenças cardiovasculares, inflamações, infecções, fraqueza geral, degeneração muscular, glaucoma, anemia, câncer, infertilidade, colesterol alto.
    • Propriedades: Tônico geral, fortificante, antioxidante, antiinflamatório, imunoestimulante, antienvelhecimento, imunomodulador, neuroprotetor, anticâncer, antibiótico, sedativo, anti-anêmico, protetor hepático, protetor vascular.
    • Partes usadas: Frutos, folhas, raízes e cascas do caule.




  • Árvore-guarda-chuva (Schefflera actinophylla)
    A árvore-guarda-chuva é uma planta nativa de florestas tropicais úmidas da Indonésia e Oceania. Apresenta tronco ereto, único ou pouco ramificado, e raízes agressivas e superficiais, que afloram a superfície do solo nas árvores mais velhas. Suas folhas são grandes, compostas, digitadas, com sete folíolos pêndulos, elípticos a ovalados, brilhantes, de cor verde escura e textura semelhante ao couro. As inflorescências surgem no final da primavera e início do verão e são muito grandes e vistosas, despontando acima da folhagem. Elas são do tipo rácemo, com longas divisões recobertas por mais de mil flores pequenas, de cor vermelha. Os frutos que se seguem são globosos, pequenos e vermelhos, contendo 10 a 12 sementes com formato de rim. Tanto as flores como os frutos são muito atrativos para as aves silvestres, que se banqueteiam com o néctar abundante e polpa suculenta. A dispersão é feita pelos pássaros, e as sementes são capazes de germinar nos galhos de outras árvores, tornando-se epífitas.

    Árvore-polvo, como também é chamada, é bastante versátil. Ela pode ser plantado no jardim, cumprindo seu papel de árvore, ou pode ser conduzida em vasos, quando jovem, servindo como uma bela folhagem para adornar interiores. Sua tolerância à pouca luz, a tornam uma planta especial para esta função. No entanto, caso for utilizada em interiores, o ideal é posicioná-la em local bem iluminado, preferencialmente que pegue o sol da manhã ou da tarde, e protegida de correntes de ar ou ar-condicionado. Além da espécie típica, há duas variedades, a "Nova", com folíolos recortados e a "Variegata", com folíolos manchados de cor creme. Por sua fácil e ampla propagação, esta espécie pode se tornar invasiva em determinadas situações.
    Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano de implantação ou caso esteja em vaso. É uma planta muito rústica, que dificilmente adoece. É tolerante ao frio e a curtos períodos de estiagem. Não tolera geadas fortes, por isso deve-se evitar plantá-la em jardins de clima temperado. Multiplica-se por sementes, alporques e estaquia dos ramos.


  • Serissa (Serissa foetida)
    A serissa é um pequeno arbusto, de folhas perenes e abundante floração. É muito ramificada e de crescimento compacto, sendo ideal para a formação de bonsai. Suas folhas são bem pequenas, brilhantes e de cor verde na espécie típica. Ocorrem ainda formas "Variegatas", com folhas de margens cor branco, creme e amarelas. A floração ocorre na primavera e verão, despontando numerosas flores miúdas, de cor branca a rosa, de acordo com a cultivar. As flores tem o formato de estrela, o que lhe rendeu o nome popular de "Mil-estrelas".

    No jardim a serissa pode se conduzida como arbusto topiado, podendo ser utilizado isolado, em conjunto com outras plantas, ou em grupos, para delimitar caminhos em bordaduras ou na formação de sebes baixas. Pode ser plantada em vasos e jardineiras, sendo muito utilizada assim para bonsai. É uma planta muito rústica e sua manutenção é baixa, exigindo apenas pouca adubação e podas de formação após a floração. Curiosidade: Os ramos e raízes da serissa, quando manuseados e cortados, exalam um cheiro fétido, nauseabundo.
    Deve ser cultivada sob meia sombra ou luz difusa, em solo fértil, bem drenável e irrigado a intervalos regulares. Para uma intensa floração necessita de sol direto, mas precisa ser protegida nas horas mais quentes do dia, principalmente no verão. Aprecia umidade ambiental, mas não tolera encharcamentos. Tolerante ao frio subtropical e podas drásticas. Não gosta de ser mudada de ambiente. Em situações de estresse, como mudanças e frio intenso, pode amarelar e perder as folhas, mas é capaz de rebrotar. Multiplica-se facilmente por estacas de ponteiro ou semilenhosas, postas para enraizar na primavera. É possível enraizar estacas em copos com água.
  • Maranta-cinza (Ctenanthe setosa)
    A maranta-cinza é uma folhagem ornamental, herbácea e rizomatosa, com altura entre 30 a 60 centímetros. Suas folhas são elípticas, alongadas e sustentadas por longos pecíolos pilosos que despontam diretamente do rizoma. Elas tem textura coriácea e fundo de cor verde-prateada, marcado com um singular padrão de espinha de peixe, em faixas verde-escuras, que colorem as margens também. A página inferior das folhas é arroxeado de maneira uniforme. As inflorescências surgem no outono e não tem importância decorativa. Elas são do tipo espiga, com brácteas protegendos as flores pequenas, de cor branco-creme.

    A maranta-ciza é ideal para forrar bosques e outras áreas semi-sombreadas no jardim, formando maciços de textura e colorido interessantes, valorizando assim o paisagismo. A combinação com maciços de outras marantáceas, ou qualquer outra espécie de forração para sombras, como a grama-japonesa, acrescenta vivacidade a espaços pouco iluminados, onde as flores são mais difíceis de cultivar. A maranta-cinza é uma planta que se encaixa perfeitamente em jardins contemporâneos e tropicais e acompanha a vanguarda de jardins de baixa manutenção. Também pode ser plantada em vasos, adornando interiores, varandas e pátios protegidos do sol.
    Deve ser cultivada sob meia-sombra ou sombra clara, em solo rico em matéria orgânica, drenável e mantido úmido. Esta maranta, aprecia o calor e a umidade, mas é intolerante a encharcamentos por períodos prolongados. O sol pleno provoca enrolamento das folhas e queimaduras nesta espécie. É muito rústica e capaz de tolerar o frio da região sul do Brasil. Não necessita podas ou outras manutenções. Multiplica-se pela divisão das touceiras, em qualquer época do ano, com exceção do inverno, mantendo cada nova muda com folhas e raízes.

  • Telópea (Telopea speciosissima)
    23/01/2011
    A Telópea ou Waratah é uma planta arbustiva, lenhosa, que alcança de 3 a 4 metros de altura. Ela ocorre naturalmente nas florestas com solo arenoso da região de Nova Gales do Sul. Possui lignotúber, uma estrutura de reserva e brotação localizada no colo da planta, subterrâneo, que permite seu rebrote após um incêndio florestal, comum em seu habitat. Seu caule é pouco ramificado, podendo apresentar uma haste única ou mais ramos, também pouco ramificados. As folhas são elípticas a espatuladas, verde-escuras, coriáceas, rígidas, alternadas, com a nervura central bem marcada e margens denteadas.

    As inflorescências da telópea surgem na primavera. Elas são terminais, grandes e globosas, formadas por um disco floral de até 15 cm, com numerosas flores vermelhas, coroado por brácteas também vermelhas. Suas flores são atrativas para os beija-flores. Atualmente, há diferentes cultivares de telópeas, mais adaptadas ao clima frio, à sombra, com florescimento mais precoce ou com flores amarelas, champagne, róseas ou brancas, entre outras características. Elas são cultivadas principalmente como flor-de-corte, para a confecção de arranjos florais e buquês.
    Apesar de serem difíceis de cultivar no jardim, os jardineiros mais experientes podem se aventurar cultivando telópeas de forma isolada, como destaque, ou em pequenos grupos, em locais abertos ou sob a copa rala de árvores, com sombreamento de no máximo 30%. Curiosidade: A Waratah é o emblema floral oficial de Nova Gales do Sul.
    Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo profundo, arenoso, enriquecido com matéria orgânica e irrigado a intervalos regulares. Apesar de tolerar a sombra das árvores, ela floresce melhor sob sol pleno. Planta suscetível a pragas e doenças. Podas drásticas nesta espécie, ajudam a controlar pragas e doenças e provocam renovação da folhagem e florescimento. Aplicar apenas fertilizantes de liberação lenta. Planta originária de clima subtropical, não tolera frio intenso ou ventos fortes. Multiplica-se por sementes, mas mais comumente por estaquia, para manter as características da cultivar mãe.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Jardins portáteis


Hoje é o Dia da Árvore. Para celebrar data tão importante, preparamos três matérias relacionadas ao tema que vão entrar ao longo do dia. A primeira é esta aqui! Divirta-se.

Se falta espaço em meio ao concreto urbano para que novas árvores sejam plantadas, a solução é trazer o jardim pronto, para que apenas seja instalado. Parece estranho? Mas foi essa a solução que o prefeito de São Francisco encontrou para dar continuidade ao programa urbanístico “Street Life Plan”, de melhoria dos espaços públicos e de convivência da cidade.
 Graças à iniciativa, brilhantes contêineres vermelhos com assentos embutidos, repletos de vegetação exótica e frondosas samambaias, vêm aparecendo no centro da cidade Americana.
 
Os conceituais “Parkmobiles”, ou na tradução livre algo como “Parques Móveis”, foram criados pela empresa Conger Moss Guillard (CMG), especializada em arquitetura paisagística, para desenvolver uma identidade social e utilizar espaços públicos antes negligenciados. Segundo divulgado no site Inhabitat, o projeto dos jardins móveis foi batizado de “Yerba Buena Street Life Plan”.
Os assentos Yerba Buena são instalados com a ajuda de caminhões e convidam passantes e vizinhos a sentarem por alguns momentos à sombra das plantas, para presenciar o local e o movimento ao redor. O momento de descanso também pode ocorrer justo no espaço de uma vaga de estacionamento.


Os seis jardins móveis disponibilizados até agora estão “autorizados” a tomar o lugar de vagas para carros, temporariamente. A ideia é trazer mais espontaneidade e natureza a espaços tomados por asfalto e concreto. A iniciativa americana lembra o movimento internacional Vaga Viva, ou PARK (ing) Day, surgido em 2004 na mesma São Francisco, que promove a “humanização” de uma vaga de carro, propondo que pessoas ocupem e convivam no espaço por um período “simbólico” de tempo.

O objetivo dos artistas que iniciaram o movimento foi mostrar à sociedade como os carros nos grandes centros urbanos tendem a ocupar uma área cada vez maior, em detrimento dos espaços de lazer necessários ao convívio social. No Rio de Janeiro, por exemplo, o programa foi iniciado em 2006 pela Oscip Transporte Ativo durante o Dia Mundial sem Carro (celebrado amanhã) e sempre desperta a atenção de pedestres que passam pelo local.
Iniciativa Vaga Viva clicada na Rua Senador Dantas, no Centro do Rio de Janeiro